Saturday, June 09, 2007

Bundas, bicilctas e biocombustíveis


Pedalando nús. Assim os espanhóis fazem seu protesto a favor de mais ciclovias e menos carros. É evidente que tem impacto, afinal bundas, ovos, peitos e xerecas sobre duas rodas pelas ruas de Madrid é no mínimo chamtivo.
No fundo disso tudo, a propagação de uma nova maneira de viver, menos dependente dos carros num mundo cada vez mais preocupado com o que vai mover os carros em alguns anos. É parte desse altermundismo que somente aparece na mídia como um movimento "anti-globalização" cada vez que o G-8 ou o Banco Mundial se reúne. É mais uma das estratégias de desinformação implementadas pelo "establishment" anglo-saxão. Esses protestos, na verdade, estão longe de ser anti-globalização, eles são convocados e propagados por internet. Eles existem porque hoje, devido à globalização, conhecemos mais realidades, ainda que virtuais. A globalização é positiva, é enriquecedora, é diversificante... a globalização pode ser a saída da rua-sem-saída em que a humanidade se meteu. "Um outro mundo é possível" é o lema dos altermundistas, termo que sim descreve bem aos que acreditam que a humanidade tem salvação e que essa passa justamente pela globalização das riquezas, das alternativas exitosas, das visões de mundo.

Por falar em alternativas... Ando muito preocupado agora com essa história de biocombustíveis. A Mata Atlântica sofreu seu pior período de devastação durante o pró-alcool e em breve pode sofrer o golpe de misericórdia quando as terras produtoras de cana-de-açúcar de PE voltem a alimentar os pés de cana e os bolsos dos usineiros para produzir álcool. O tiro pode sair pela culatra se substituímos petróleo por biocombustíveis mas não mudamos nossas políticas de consumo energético. Por isso, um otro mundo é possível, mas esse terá que ter menos carros e mais bicicletas e porque não mais bundas à mostra.

1 comment:

Renata said...

Eu fiquei pensando apenas no ligeiro desconforto de sentar pelado (a) na bicicleta, principalmente porque eu não sei andar em pé, eu caio!